Silvério Bittencourt
quarta-feira, 13 de novembro de 2013
nasceu de evento
'nasceu de evento pra ser movimento o samba torto, e como todo
movimento, consolidou algumas
características. o próprio nome cunhado nos permite dissecar estas
características. segue: de samba a graça alinhada do malandro, as noites bambas
estreladas carregadas de cadências (em vida e verso), o negrume perfumado dos
ares de fumo... e o que entorta o meio classicismo disso tudo? atmosfera
urbana, o verso (qse) desvirgulado e (meio) desvirtuado, essa coisa de acelerar
que nem um motor que não vê ponto nem eira nem beira, como nenhum tocador de
roda de samba conseguiria no repique do pandeiro, acelerar até um suspiro relax, no charme da poesia. o ambiente é
torres, uma quase cidadezinha no litoral norte do rio grande do sul, o botequim
fica em algum lugar entre a bela época da nossa memória e um raio de sol do dia
seguinte. e o samba torto acontece que horas? da hora que a poesia chega até a
hora dela ir embora. é uma audácia.'
Silvério Bittencourt
Silvério Bittencourt
segunda-feira, 11 de novembro de 2013
Mar Concreto
Os olhos de onda
Laçam braços maresia
Sobem castelo de areia
azul mareia poesia
No mar concreto
Terra a vista
segunda-feira, 4 de novembro de 2013
quarta-feira, 23 de outubro de 2013
a praia do poema
O poema está aí
na marola respigando espuma
a poesia é feita de maresia
o corpo ingênuo do amor
que entranha intrépido
com seus cachos temperado de sal
deixando a arrebentação abraçá-lo
a vida sorri
indo vindo o mar
tem seus segredos
deixo o sol dormir
na superfície da lua
nascer no fundo do mar
as conchas contam
histórias de amor permito
ser, ver e quebrar
como uma onda no mar.
na marola respigando espuma
a poesia é feita de maresia
o corpo ingênuo do amor
que entranha intrépido
com seus cachos temperado de sal
deixando a arrebentação abraçá-lo
a vida sorri
indo vindo o mar
tem seus segredos
deixo o sol dormir
na superfície da lua
nascer no fundo do mar
as conchas contam
histórias de amor permito
ser, ver e quebrar
como uma onda no mar.
Beiramar
Seus olhos de sol
queimaram
saltou desejo nosso encontro
Ela não parecia a loura do reclame de cerveja
A morena do novo carro francês
Nem a negra do carnaval
Me espreitou,
juntos meus cacos
sem apelos mal criados
Agradeci, retribuindo por me marcar em brasa
Sorrisos afagados
Deixou-me a vontade
E nas mãos fiz nosso colo
Vingou-se por tê-la, mordeu fruta lábio
Amei como inimiga
Seu ventre era eu
Minha fala percorrem as cordilheiras
Seus montes meu mote
Volúpias veladas na sua poesia língua aveludada
Nossos passos se perderam
E minha fraqueza, agora virtude
Nossa franqueza
Misturados no suor
Eu juro meu amor
ser desatento aos monstros do mar
O resto - se existir o medo de amar
Faço marolas, escrevo poemas na beiramar.
queimaram
saltou desejo nosso encontro
Ela não parecia a loura do reclame de cerveja
A morena do novo carro francês
Nem a negra do carnaval
Me espreitou,
juntos meus cacos
sem apelos mal criados
Agradeci, retribuindo por me marcar em brasa
Sorrisos afagados
Deixou-me a vontade
E nas mãos fiz nosso colo
Vingou-se por tê-la, mordeu fruta lábio
Amei como inimiga
Seu ventre era eu
Minha fala percorrem as cordilheiras
Seus montes meu mote
Volúpias veladas na sua poesia língua aveludada
Nossos passos se perderam
E minha fraqueza, agora virtude
Nossa franqueza
Misturados no suor
Eu juro meu amor
ser desatento aos monstros do mar
O resto - se existir o medo de amar
Faço marolas, escrevo poemas na beiramar.
terça-feira, 8 de outubro de 2013
o pintor, a puta e o pastor
Hei
cuidado a rua,
amanhã só deus sabe
olhe bem o cartaz
'glória deus, ele está voltando'
trago o cigarro de alguém
abriu o sinal
ruge o andaime
o pintor olha a puta
e eu olho a promoção
de última hora
o pastor insiste
torra-torra
puts, perdi o ônibus
a puta sorri envergonhada
exibindo as coxa cor de rola
olha o doce baratin
buzina mais um carro
'Ô lazarento atravesse a rua só
na faixa de pedestre'
Onde fica o botequim?
Cadê o botão do volume?
Aumenta baticum sertanejo
Meu celular tá ficano sem bateria
desconecto os binários esotéricos
Entreolho a puta que me seduz
'olha Deus tá voltando...'
'olá, oferta para mudar a vida...'
'você já conhece o tudoshop....'
'só hoje este preço tá na biblia...'
Senão tiver cachaça com poesia
amanhã não terá?
Hoje é tarde pra quem não tem a eternidade?
De quem é o reino do céus?
bom é o descanso dos moribundos
ignoram a lógica paisagem
esperam o acender das luzes
das mentes.
segunda-feira, 30 de setembro de 2013
quinta-feira, 26 de setembro de 2013
rascunho do que sinto
escrevo trovejantemente
minto.
invento um medo
um vocábulo e pressinto
as fábulas de amor
e desamar em que a alma
desagua em mar revolto
à deriva
ponto ou vírgula?
rescrevo a fala
observo o trama
o paciente chega
o rascunho
rascunha por si só
minto.
invento um medo
um vocábulo e pressinto
as fábulas de amor
e desamar em que a alma
desagua em mar revolto
à deriva
ponto ou vírgula?
rescrevo a fala
observo o trama
o paciente chega
o rascunho
rascunha por si só
quarta-feira, 25 de setembro de 2013
segunda-feira, 23 de setembro de 2013
chove tédio
as 6 da manhã
onde mergulho
chão frio
as palavras já são
torpes
e meu hálito
ainda fraqueja silêncio
chove fino no farol
os carros levantam
as ondas nas ruas
que lavam a calçada
meu ego
possesso e mundano
chove, troveja
e, eu testemunha de mim
rio
gargalho alto
passou este verão
outros passarão
e eu, passo.
as 6 da manhã
onde mergulho
chão frio
as palavras já são
torpes
e meu hálito
ainda fraqueja silêncio
chove fino no farol
os carros levantam
as ondas nas ruas
que lavam a calçada
meu ego
possesso e mundano
chove, troveja
e, eu testemunha de mim
rio
gargalho alto
passou este verão
outros passarão
e eu, passo.
domingo, 22 de setembro de 2013
sábado, 21 de setembro de 2013
que será de nós
se fomos
feitos de nós?
se não te vejo
já estás em mim
e foges feito água
nos dedos
exilarmos de nós
e nós?
vivemos em guerra
buscando paz
(a nossa paz
é uma guerra)
tangem os dedos
tingem os olhos
de fados
se somos espelhos
em pedaços
por que não colarmo-nos?
deixa a lógica pra lá
se é amor
tem que doer
terça-feira, 17 de setembro de 2013
domingo, 15 de setembro de 2013
sábado, 14 de setembro de 2013
Taí o sol vermelho
como um rosto
se escondendo
ventre fora da terra
a lua ganha a rua
e brilha com a estrela d'alva
lá estamos
feito o mar
que ruge com as pedras
Faz das ondas
cortinas brancas
As pedras sérias
só dizem que sabem do céu
ah, como a constelação de libra
desequilibra a de virgem
E a de leão?
Caminham olhar
atento.
quarta-feira, 11 de setembro de 2013
segunda-feira, 2 de setembro de 2013
Enquanto a porta abre
fecha o caminho
os lados da moeda
queimam os olhos
de quem não quer ver.
Ando pela diagonal
Observo os passos
da gente que é dum lugar
Quando a mar e céu viram um só
Salto e solto
minha alma na espuma
Estou aqui de passagem
Assim como a lua
que translada
e transcende
Mostrando sua faces e fases....
Perfeito e conclusivo
facilmente concreto!
Entrar e sair
Trama e desenlace
Seguir o rumo
que o vento faz
esvair pelos dedos
O sol, o samba
A tarde...
fecha o caminho
os lados da moeda
queimam os olhos
de quem não quer ver.
Ando pela diagonal
Observo os passos
da gente que é dum lugar
Quando a mar e céu viram um só
Salto e solto
minha alma na espuma
Estou aqui de passagem
Assim como a lua
que translada
e transcende
Mostrando sua faces e fases....
Perfeito e conclusivo
facilmente concreto!
Entrar e sair
Trama e desenlace
Seguir o rumo
que o vento faz
esvair pelos dedos
O sol, o samba
A tarde...
domingo, 1 de setembro de 2013
Brincos
Os brincos na cabeceira
Que repousam os mundos
Olho-os fixamente
Até sua forma se perder
Há de ter um motivo de estarem
Tão juntos agora
E vivem solitários
Em você
São dois mundos quem rolam
Na amplidão
Nós criamos o universo
Não tinha dado por conta
Tantas constelações inventamos
Desenhando e costurando o céu
Procuro incansavelmente a justificativa
Voraz e sensata
-Inútil!
No fim tudo vira verso
as canções de ninar
os sonhos acordados
a chuva,
a nossa chuva
a lagoa, o banco
a árvore de estrelas
a cama quente
E as brigas por brigar
Não há motivos
Nem a metafísica
ilustra nosso universo particular
E eu, brinco
aqui, você lá.
Que repousam os mundos
Olho-os fixamente
Até sua forma se perder
Há de ter um motivo de estarem
Tão juntos agora
E vivem solitários
Em você
São dois mundos quem rolam
Na amplidão
Nós criamos o universo
Não tinha dado por conta
Tantas constelações inventamos
Desenhando e costurando o céu
Procuro incansavelmente a justificativa
Voraz e sensata
-Inútil!
No fim tudo vira verso
as canções de ninar
os sonhos acordados
a chuva,
a nossa chuva
a lagoa, o banco
a árvore de estrelas
a cama quente
E as brigas por brigar
Não há motivos
Nem a metafísica
ilustra nosso universo particular
E eu, brinco
aqui, você lá.
quinta-feira, 22 de agosto de 2013
O Amor
Amor
Conscientemente
Massificadamente
Empurrada
para que você tenha uma razão para viver
'Que seria de você sem o amor?'
Não sei
Cada um sabe de seus itinerários.
Conscientemente
Massificadamente
Empurrada
para que você tenha uma razão para viver
'Que seria de você sem o amor?'
Não sei
Cada um sabe de seus itinerários.
sábado, 10 de agosto de 2013
Canção meu Estácio
não me deixo influenciar
no mínimo de par em par
colho centenas de opiniões
e muambas e concessões
no mínimo sem querer
seja em Torres ou em você
Rainha do meu estácio
predicado ou prefácio
predicado ou prefácio
abraços então
faço da nossa canção
anulo entre você e eu
o paço que conheceu.
anulo entre você e eu
o paço que conheceu.
nesse consultório
faz um sambatório
olhos que escutam
feito mar que lambem
seus medos
e desapegos
respirações ao pé do ouvido
e o paiol de pólvora
vinícius prestes a explodir
fazer samba assim não é brinquedo
fizemos o delírio
damos o direito
dividimos segredos
cadê o medo?
O medo do contemporâneo
e da solidão
no subcutâneo
a rima fica rica
ou fica em vão
a patota pode trovar
lua de cartão postal
algumas quadras bem ou mal
iremos atravessar
o belo e o imortal
o leito sobrenatural
que assombra a criatividade
e os sorrisos marotos
da praia cinza
e os morros irmãos.
O farol desmente o dia
e a noite grita silêncio
os dentes veem o céu brilhar.
faz um sambatório
olhos que escutam
feito mar que lambem
seus medos
e desapegos
respirações ao pé do ouvido
e o paiol de pólvora
vinícius prestes a explodir
fazer samba assim não é brinquedo
fizemos o delírio
damos o direito
dividimos segredos
cadê o medo?
O medo do contemporâneo
e da solidão
no subcutâneo
a rima fica rica
ou fica em vão
a patota pode trovar
lua de cartão postal
algumas quadras bem ou mal
iremos atravessar
o belo e o imortal
o leito sobrenatural
que assombra a criatividade
e os sorrisos marotos
da praia cinza
e os morros irmãos.
O farol desmente o dia
e a noite grita silêncio
os dentes veem o céu brilhar.
consultório
eu esqueci o amor
mas eu não sei porquê
acostumei com a dor
e o samba sem querê
se você é a cura
da minha pendura
ah, vem sem frescura
Não deixe se abalar
amanhã a gente divide
o resto e o seguinte
nós deixamos rolar
o calor da boca
sua lingua oca
me faz sonhar
o tango nos versos
seus sambas incertos
e eu nos seus desertos
botei prá quebrá
Vem fazê amor
sambar com valor
pagode da flor
que já vai brotar
3 da madrugada
você é balada
vamos achar o nada
essa é a parada
do clichê de amar.
domingo, 4 de agosto de 2013
angúria
Grito com a angústia
convido-a pra dançar
Vamos angústia pedalar no calçadão
A literatura e a bossa nova
não pregam mais belas histórias de amor
Nem o rock'n roll rompem devaneios
A realidade engendra a fantasia e isso gera ilusão?
Não não Luís,
a fantasia, a luz, o movimentos
as noites que amanhecem
a razão com emoção
a rala e reles humanidade
buscando a perspectiva e fundamento
para viver
Abre-se o clarão da razão
E a reinvenção no amor...
Amor, ligeiramente ridículo
Ligeiramente racional
Como viver sem sofrer?
Como amar sem se dar?
Queria um poema de fórmulas
E sentado na patente
Notebook no colo
desfaço este desarranjo
procurando consolo.
Ah poesia, onde te encondes?
Na métrica?
Na angústia?
na sociedade do espetáculo?
Atrás da minha porta
está o guarda chuva
vou pra rua.
convido-a pra dançar
Vamos angústia pedalar no calçadão
A literatura e a bossa nova
não pregam mais belas histórias de amor
Nem o rock'n roll rompem devaneios
A realidade engendra a fantasia e isso gera ilusão?
Não não Luís,
a fantasia, a luz, o movimentos
as noites que amanhecem
a razão com emoção
a rala e reles humanidade
buscando a perspectiva e fundamento
para viver
Abre-se o clarão da razão
E a reinvenção no amor...
Amor, ligeiramente ridículo
Ligeiramente racional
Como viver sem sofrer?
Como amar sem se dar?
Queria um poema de fórmulas
E sentado na patente
Notebook no colo
desfaço este desarranjo
procurando consolo.
Ah poesia, onde te encondes?
Na métrica?
Na angústia?
na sociedade do espetáculo?
Atrás da minha porta
está o guarda chuva
vou pra rua.
quinta-feira, 1 de agosto de 2013
Rabiscos
Poucas vezes disse isso para alguém, principalmente eu, com enfoque artísticos, ou fantasioso como quixotesco, os sentimentos são poucos manipuláveis lambiscos. Não sabemos como lidar com eles. Eu me sinto uma recém nascido quando vivo cada amor.
Teu jeito, teu caráter e toda correnteza nos leva a um ser ainda indescoberto, enigmático. Sei perfeitamente que funcionamos feito espelho. Por isso digo que somos muito semelhantes, espelhos. Iguais. Busco em ti, eus, que embora descoberto, ainda quero saboreá-los mais.
Tenho medo de te levar 'sério', mesmo te levando. O sério que mencionas é o encarar com toda mediocridade humana, facebooks, compromissos familiares e morais.
Faz tempo que eu te encaro como lira do meu cotidiano, tantos desencontros que fizemos encontros, impossível não levar a sério e não possuir a prosa, perpetuar em poemas, poesias, músicas, teatro... Ah se percebesse que em cada fotografia foi sedução, conquista e puro amor, desenhamos cada uma, pouco a pouco, sol a sol.
O espelho pede seriedade quando temos que ser extramente soltos, extrovertidos, para curtir cada momento.
Meu espelho se quebra quando intitulo-me teatral, poético...soa boçal, sou boal. Não tenho músculos definidos, não sou nem um pouco fashion e nem da moda, com carros, funks e perfumes flagrantes. Aliás, meu cabelo não é nada atual.
Por fim, assumo o fim. Terminou nosso amor em contrapartida ao nosso egoismo. Não soube te curtir, tu não soube me apreciar de fato. Fomos misteriosos... Desagradei, descoloquei, desacelerei., os poetas...
'Assim como os cegos podem ver na escuridão, e mesmo que o romance sejam falso como nós, são bonitos, são bonitos...'
Te amo!
Teu jeito, teu caráter e toda correnteza nos leva a um ser ainda indescoberto, enigmático. Sei perfeitamente que funcionamos feito espelho. Por isso digo que somos muito semelhantes, espelhos. Iguais. Busco em ti, eus, que embora descoberto, ainda quero saboreá-los mais.
Tenho medo de te levar 'sério', mesmo te levando. O sério que mencionas é o encarar com toda mediocridade humana, facebooks, compromissos familiares e morais.
Faz tempo que eu te encaro como lira do meu cotidiano, tantos desencontros que fizemos encontros, impossível não levar a sério e não possuir a prosa, perpetuar em poemas, poesias, músicas, teatro... Ah se percebesse que em cada fotografia foi sedução, conquista e puro amor, desenhamos cada uma, pouco a pouco, sol a sol.
O espelho pede seriedade quando temos que ser extramente soltos, extrovertidos, para curtir cada momento.
Meu espelho se quebra quando intitulo-me teatral, poético...soa boçal, sou boal. Não tenho músculos definidos, não sou nem um pouco fashion e nem da moda, com carros, funks e perfumes flagrantes. Aliás, meu cabelo não é nada atual.
Por fim, assumo o fim. Terminou nosso amor em contrapartida ao nosso egoismo. Não soube te curtir, tu não soube me apreciar de fato. Fomos misteriosos... Desagradei, descoloquei, desacelerei., os poetas...
'Assim como os cegos podem ver na escuridão, e mesmo que o romance sejam falso como nós, são bonitos, são bonitos...'
Te amo!
domingo, 21 de julho de 2013
frio de domingo
Domingo dormindo passa
faço rabiscos, alguns planos já falhos
Ligo, recebo ligações e distribuo sorrisos
para visitas não tão agradáveis.
Domingo gelado, cálido, cruel
em que encurrala eu e o outro eu
Procuro nas canções bossas
motivos bossais para continuar segunda
seguindo.
Trocadilhos bobos
Tolos.
A crise do homem pós-moderno
a falida verdade e razão
fálica vazão.
Leio alguns poemas de Drummond
Leio alguns poemas meus
Digito e rescrevo peças
Domingo dorminhoco
Os verbos são poucos
As palavras são preguiçosas
não armo ou consulto dicionário
Fico curtindo a decadente
humanidade que em mim habita
Em transe
O Deus já humano não convence
Os cristãos.
Falta motivo, falta maneira, sobra castigo
Teorias de big bang.
Brotam icebergs, cools&colds
Empobrecendo meu chulo inglês
das notícias pulverizadas na tela
faz meu domingo jazer, assim como eu.
faço rabiscos, alguns planos já falhos
Ligo, recebo ligações e distribuo sorrisos
para visitas não tão agradáveis.
Domingo gelado, cálido, cruel
em que encurrala eu e o outro eu
Procuro nas canções bossas
motivos bossais para continuar segunda
seguindo.
Trocadilhos bobos
Tolos.
A crise do homem pós-moderno
a falida verdade e razão
fálica vazão.
Leio alguns poemas de Drummond
Leio alguns poemas meus
Digito e rescrevo peças
Domingo dorminhoco
Os verbos são poucos
As palavras são preguiçosas
não armo ou consulto dicionário
Fico curtindo a decadente
humanidade que em mim habita
Em transe
O Deus já humano não convence
Os cristãos.
Falta motivo, falta maneira, sobra castigo
Teorias de big bang.
Brotam icebergs, cools&colds
Empobrecendo meu chulo inglês
das notícias pulverizadas na tela
faz meu domingo jazer, assim como eu.
Esmeralda
Carrega mundos nos olhos
Rolam na amplidão
e fazem parafrasear um poeta
que não sei bem ao certo quem
Como desfiar poema de Neruda
Nos bailes das cordas do violão
Nos olhos sutis
Marejados e brasis
Ora dançam
feito as ondas
Ora permitem as correntezas
d'alma desaguar pranto
Revejo
velejo com Vinícius
Faço festa com poesia e cachaça
Os olhos vibram de graça
Aponta uma constelação
E eu,
Mergulho.
terça-feira, 9 de julho de 2013
Dulcineia
Por fora um ‘garotinho’
Por dentro um homem.
Seu jeito de ser é único,
Alegre, atencioso, carinhoso, engraçado...
Pra ele o mundo parece que nunca vai acabar,
Nunca ta de mau humor, sempre sorrindo.
Seu sorriso contagia qualquer um.
Seu estilo ‘blackzinho ‘ me encanta ,
Seus olhos pretos, seus dentes perfeitos.
Sem falar da sua inteligência (o cara é um gênio )
No teatro ele da um show.
O tempo passa muito rápido quando ele se aproxima
O dia vira noite, a noite vira dia
Com ele nada é impossível!
Por dentro um homem.
Seu jeito de ser é único,
Alegre, atencioso, carinhoso, engraçado...
Pra ele o mundo parece que nunca vai acabar,
Nunca ta de mau humor, sempre sorrindo.
Seu sorriso contagia qualquer um.
Seu estilo ‘blackzinho ‘ me encanta ,
Seus olhos pretos, seus dentes perfeitos.
Sem falar da sua inteligência (o cara é um gênio )
No teatro ele da um show.
O tempo passa muito rápido quando ele se aproxima
O dia vira noite, a noite vira dia
Com ele nada é impossível!
segunda-feira, 8 de julho de 2013
Palhaço
sô metido,
vô jogando meu corpo
no mundo,
feito um vagabundo
só para ver ele girá
desafio a gravidade
Rodopio com intensidade
Vejo o dorso levitá
Respeito o meu suó
Mas busco o ato exato
prá espinha
retina arrombá
Sô do circo
estico e arrmo a lona
em qualquer lugar
Sô da rua
Em cada esquina
faço platéia
Subo para lua
Pinto aquarela
Sô artista
Performista
Tô na pista
com coração de povo
cara colorida de canção
Minhas meia de mar
Qué encará?
sábado, 29 de junho de 2013
quinta-feira, 27 de junho de 2013
DIREITO AO DELÍRIO Performance Poético Musical
'Que tal começarmos a exercer
O direito de sonhar?
Que tal se delirarmos um pouquinho?’
O direito de sonhar?
Que tal se delirarmos um pouquinho?’
Eduardo Galeano
O espetáculo Direito ao Delírio inspira-se nas palavras do
dramaturgo Eduardo Galeano, e expira, criando um cenário para com muita musicalidade,
literatura, artes visuais e teatro, tratando de fatos do cotidiano com muita
leveza e poesia.
A apresentação composto de grandes sambas como de Chico
Buarque, Caetano, Vinícius, Toquinho, João Bosco e atuais como Tribalistas.
Textos do Quintana, Carpinejar e do próprio Galeano e jograis teatrais buscando
a identificação e interação com o público, sendo retratado simultaneamente ao
show com ilustrações, fotografia e pinturas em tela.
Duração: 50
minutos.
INTEGRANTES
Admar Godoy – Baixo e Vocal
Alexandre Passos – Percussão
Altemir Feltrin - Percussão e
Violão
Larissa Tages – Performer
Luís Gustavo Oliveira – Performer
e Vocal
Luiz Fernando Buba – Régie de Som
Marco Maniaudet– Vocal e Violão
Otávio Duarte – Violão e Vocal
Ricardo Zwahr – Percussão
PARTICIPAÇÃO
Ângela Silva – Ilustração
Filipi Barbosa – Ilustração e Pintura
Heluana Nery – Fotografia
terça-feira, 25 de junho de 2013
Lá vem ela
Lá vem ela
Risonha
Sabida e magricela
Levado gingado sem pudor
Levado gingado sem pudor
Desdobra o mundo
Fazendo do terço
Uma missa
Pede minha mão
Sem muita complicação
'Coloque no poema algum bagulho'
Sorri cheia de orgulho
Por me tirar do concreto
Lançando em mim o exceto
Digo que quero viajar
me preocupo com o inglês
Ela conta das suas viagens
Sem 'era uma vez'
Desafia meu samba
Dançando funk
Me faz bamba
Ri e me desbanca
Lá vem ela
Risonha de vez
'Sabida' de sonetos
Corrigindo meu português.
sábado, 15 de junho de 2013
brainstorm
Inicio o texto já o conhecendo.
Decerto já escrevi numa esquina por aí.
Há uma lacuna rara entre as relações interpessoais,
o fato da imparcialidade e do egoismo repleto
- repleta as relações de vazio.
Tento pensar que por um obséquio doutrem,
ocorra um retorno.
Acorde pobre Luís.
Levante rico Luís.
Há fantasmas nas vozes,
há desejos nas sombras
e o sono ainda anda embriagado,
torpe,
enfadado
a sonhar num sonho com finitude.
A finitude,
a previsão detona,
entorna o sonho.
Há,
aí, uma retoma de cinza cotidiano.
Viver a um plano que foge da realidade convence.
Hoje pensar em si
e esquecer dos outros é o ideal.
Foda-se o altruísmo,
a benevolência incrustada da alma.
Pensa em ti.
Decerto já escrevi numa esquina por aí.
Há uma lacuna rara entre as relações interpessoais,
o fato da imparcialidade e do egoismo repleto
- repleta as relações de vazio.
Tento pensar que por um obséquio doutrem,
ocorra um retorno.
Acorde pobre Luís.
Levante rico Luís.
Há fantasmas nas vozes,
há desejos nas sombras
e o sono ainda anda embriagado,
torpe,
enfadado
a sonhar num sonho com finitude.
A finitude,
a previsão detona,
entorna o sonho.
Há,
aí, uma retoma de cinza cotidiano.
Viver a um plano que foge da realidade convence.
Hoje pensar em si
e esquecer dos outros é o ideal.
Foda-se o altruísmo,
a benevolência incrustada da alma.
Pensa em ti.
quarta-feira, 12 de junho de 2013
Samba Canção
Eu gosto do samba canção
embargado feito vinho
O nó na garganta
Valseia
Ah, tão quão momentos
que hoje é saudade
Aumento a dose
Já perco a direção
A ausência do pranto
Já não faz falta.
embargado feito vinho
O nó na garganta
Valseia
Ah, tão quão momentos
que hoje é saudade
Aumento a dose
Já perco a direção
A ausência do pranto
Já não faz falta.
Parede
A melodia das
paredes que
Insiste em recortar o
cenário amoroso
Moroso...
A espera na
memória recente
Decente
Paro e escuto
pensamento
A lógica viva
A imagem fiel
espaço
Opacos
Há de ter
sol
Não esse que beija
lábios
Não aquele que
acalanta a pele
Há de haver
chuva
Não essa que se faz
ausente
Que abre trabéculas na terra
O assombro das paredes
Na verdade
as paredes
São chuva e sol
dançam as paredes
dançamos....
Deixa o nosso segredo
aqui
entre nós
Não fuja com meus e teus
Paredes,
pare de usar pronomes
Possessivos.
quarta-feira, 15 de maio de 2013
06/02/2011
Quando em sua espinha é presente
em seus olhos
perco imensidade da galáxia
Gingado estontante
Meu desejo e naquelas pernas
se perder
No colo achar
algum segredo ou beleza cadente
Decadente
Beatriz
No seu sangue trafega poemas de Neruda
Diz-se que coração vago
Nomeou-me felino
com suas garras beijou-me
Acariciou com um bocado de palavras
Vivas mãos
Contou do espaço do seu coração
Vago
Pensei em caetanear
Insistir que meu coração
é
Vagabundo
Mambembe
Levado.
em seus olhos
perco imensidade da galáxia
Gingado estontante
Meu desejo e naquelas pernas
se perder
No colo achar
algum segredo ou beleza cadente
Decadente
Beatriz
No seu sangue trafega poemas de Neruda
Diz-se que coração vago
Nomeou-me felino
com suas garras beijou-me
Acariciou com um bocado de palavras
Vivas mãos
Contou do espaço do seu coração
Vago
Pensei em caetanear
Insistir que meu coração
é
Vagabundo
Mambembe
Levado.
notas da mente que sente
Tão lógico
Objetivo o saber
Deste Idílio
O fato desejo
De mobilizar o hospital
- coração de quem ama
Ao pulsar da chama
Chama/Clama por
Romantismo exacerbado
Pura carência
Objetivo o saber
Deste Idílio
O fato desejo
De mobilizar o hospital
- coração de quem ama
Ao pulsar da chama
Chama/Clama por
Romantismo exacerbado
Pura carência
domingo, 21 de abril de 2013
quarta-feira, 3 de abril de 2013
Mijada filosófica
Mãos no pinto
mijando
no muro, bundo
divagando devagar na urina de vagar
- o que seria da vida
sem a vida?
a vida basicamente
seria, sem a vida
rígida e discente
pois respirando
somos animais de bem
talvez erramos em ser
humanos, mas somos
som e bônus
duma nação
hipóclirita* ( tanto oxigenio)
hipóclirita* ( tanto oxigenio)
A nação e a questão
a ser analisada num momento
é que posso pensar
na madness da riqueza
experimental e vendo
e sentindo a .. PUTA QUE PARIU, FILHA DA PUTA
- MERDA!!!!
Ase calças viraram filtro de café ralo.
O pinto se esconde, Mas vergonha não.
quarta-feira, 13 de março de 2013
Fim
Divago no chá pensamento
Enquanto navego memória
Sumo com as pistas
Torno voyer
Ou apenas velejador
De fato,
- Caro Luís, seu passaporte
está vencendo.
Sempre tem as pegadas
na areia destino
mesmo que o mar sucumba
No fundo
Ele carrega para
junto dele
Direcionando-as
O fim é
a melhor forma do começo
E no fim
Tudo dá certo.
Enquanto navego memória
Sumo com as pistas
Torno voyer
Ou apenas velejador
De fato,
- Caro Luís, seu passaporte
está vencendo.
Sempre tem as pegadas
na areia destino
mesmo que o mar sucumba
No fundo
Ele carrega para
junto dele
Direcionando-as
O fim é
a melhor forma do começo
E no fim
Tudo dá certo.
quarta-feira, 27 de fevereiro de 2013
Sou Mário de Sá Carneiro
Eu sou eu,
E sou o outro
Sou intermédio
Sol poente do tédio
Que sai de mim para o outro.
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