quinta-feira, 16 de setembro de 2010

O dia

Dia se ergue
Trabalhadores tocam amores
Feito tijolos para construção
Logo vem o cimento
Retângulares corpos
Roldanas descem
Sonhos de uma canção de ninar
As batatas se esparramam
As meninas colocam a mão no coração
A música dos motores
As batidas do martelo
Faz balançar fumaça
Bitucas sangram no asfalto
O vento levanta o odor do canos
Esgoto em mentes sãs
As rodas frenéticas
Puta Pastor Fiéis
Vendem a fé
Verdade mentida
Horas cordiais estrangulam mais um dia.

domingo, 5 de setembro de 2010

velhomeninoninguémalémalguémquemeueuquem
quengaguriaputacadelabucetadelaaquela
eu quem?

Poemar

solidão destilado algo forte
Busca apenas um norte
os pés flutuam no canto
lua pratea
salgado amar
Mar aceso
Doce
Sal do mar
Embalam os sonhos
Molham raios
Navegam estribos
Mão no trilhos
Forte algo destilado solidão

amigo do mar.

sopra a maresia
as condolências
pobre soldado
rendido
traído pela dor
traidor pelo amor
plausível ao gozo
dispensável
como castelos
que o mar vem brincar.