quarta-feira, 27 de julho de 2016

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não adianta roubar 
meus olhos
pegar no meu pau

se teu amor foge
em meu corpo
desalinha tesão.
a minha dor
Já é
avenida

se sambalançou nas pontas
dos pés da mulata
em que teu sorriso
já fez esquina

exatamente ali
minha lágrima de samba
anoiteceu carnaval

a chuva de confete
e o escambau
se desfez nosso laço
nosso mal.



domingo, 10 de julho de 2016

a última é sempre a primeira
estrofe!
Não me venha com verso.

"- Garçom, a saideira!"

os corações redobram carinho
samba de ladeira
na garganta um espinho
Tantos segredos guardam a saideira.

nunca mais!
um poema se faz
pra uma vida inteira
e eu
sigo na paz.

me venha com versos
de coração aberto

"-Garçom, a saideira!"

terça-feira, 5 de julho de 2016

com o tempo a beleza se esvai
ficam apenas seu rastro na pele
o padrão é nódoa,
peça do tempo.

com o tempo a palavra se vai
permanecem alguns verbos
o poema é papel embolorado
peça de prateleira.

com o tempo o amor cai
fica alguns verbos,
poucas palavras e o poema
peça do tempo,
beleza é nódoa
da prateleira embolorada.