quinta-feira, 19 de julho de 2012

Garrafa

A garrafa de vinho
do lado da cama
A personagem deitada 
fumando um cigarro
Pensando na vã filosofia
Ocidental.
De fato cada tijolo
Construção da máscara
Foram as pedradas
Levada.







Foto:Ruben Bagatello

mão e luva


Vácuo no peito é que você está sentindo agora
vendo em meio a tantos a 'lembra?'
inútil dizer ou falar o sentir
Justificar o vácuo no peito
algo incluso em sua poesia
vácuo no peito é se sentir amada por alguém que mente
de fato sente mas não é poeta
não sente
o vácuo no peito dói
e a anestesia de um amor inventado pelo
descobrimento da américa é uma farsa
logo verás que o teu velho par
foge a luta
Sempre fugiu.
Podres, com vácuos e lacunas profundas
cicatrizes áridas que uma pobre fiesta
não cumpre o papel
Há uma compaixão
Pena, de fato um vácuo no peito
não é fantasiia
é vazio, que tanto adias sentir
Entre arrastões e ou fingimentos de orgasmo
Pobre, enfadado a sentir o mesmo controle
do que não sentes
não amas, prevê o fim
Podre e pobre a pena de quem faz fingimento
A interpretação e interpelação é melhor.
O vácuo no peito tenta entender todos os filmes
e reescrever todos poemas e o pobre cruel amante
pensa ser.
Pobre pobre pobre
como tu, que em fetiche
reinvennta tal qual e fustra
Vácuo no peito é que fantasia
o amor que verás sente
Numa canalização atribulada
que levará ao verdadeiro luto
negro e sofrido.
Sinto de fato coração bater
alma abrir para um pobre e vazio
mas sempre floresce paz ente nós.
Fora isso é insegurança num mundo que desejas
e que é só seu.
Um pena.... Galinha ou pavão,
é o peso que tens
além do vácuo no peito.
Água ou simplesmente fluido
não minta a si, sinta
que foi falho
falho e pouco lúcido
mas também se vanglorie
a sempre uma água para um fustrado cantil
Os arcos mais implícitos
Em que quis demonstrar e que preservamos até então
foram postos em constução
de fato são lindos
sua assinatura é bárbara
poderia ser melhor se de fato fosse em primeira pessoa
e não escondida em segundos nomes ou vontades.
Ah, combinações
Prestações senxuais em mastros
em que tentas justificar
Ouvirão dizer dizer que sim
Mas o silêncio sopressai
em tuas ventas que pensas ser ganhas
pelo fogo eterno ainda hão de queimá-lo
assim como eu,
como quem não quer nada perguntará
a razão de um fim de semana qualquer.
O filme, a poesia, o drink e a filosofia barata
serão baratas e quem
você tem nojo.
Covardia.
Expurgo então
qualquer forma de libertação sagregadas
e partimos daí
uma subjeção má entendida pór ti
talvez o tirocínio da convicção da medicriodade
irá tirar seu sono.
Em seu lugar estará o que deveras e senta
E não chegaremos então.

domingo, 15 de julho de 2012

Cidade Baixa

A casa
Os saltos
as saias
Saída
nem tudo são
que parece ser
A fila
A arquitetura
Um segredo
Um lógica Picasso
Ingresso
Porta dentro
Camarotes
Combos
Absolute
Absolutamente
Sorrio e aceno
Num puro Lewis Carroll
Vejo tantas
Anäis Nin
Projeta e refere
Não sente a quão
Efemeridade da dor
Se é que tem
O duto do tempo
Fluente correnteza
Como a tempestade
Copo de vodca com gelo
Plenamente saborosa
Mas não liberta nem deixa fluir
A lua e as marés
O Lounge
As saias
Saída
Onde é a entrada?
Violões
Tantos veludos
dizendo
Vozes
Monges
Pedindo trocados
Pouca atenção
cinquenta centavos
Olhada no carro
Ah, o tempo não perdoa
A sedução
Ambulante mostrando conteúdo
Musical
As meretrizes, moças, donzelas
Um cigarro canto de boca
e um pedalar Henry Miller
Mostram o samba
da Cidade Baixa.

terça-feira, 10 de julho de 2012

duas velas, quatro mãos, um veleiro fiam o mar..



Baile de teias
um desfiar de uma teia
sutilmente
que balança 
e dança com o que não quer ser 
nas tuas mãos
é confiar
e deixar ser navegado
vi movimentos de maestro
de criança
num barco que
se mexe
mas não se entrega
nega
o olhar cruzado
é o baile de velas
que no seu ventre
faz inflar
imitando a vida
explodindo o destino
O fiar, o vento, a proa
Terra à vista
avisa novo caminhar...
de deixar ali quietinho coração
emaranhado na voz doce
da canção.



No mastro e navegação Renata Guadagnin


Fábulas


Sempre foge acolá
As palavras dançam no papel
Tantas transpirações
Poemas acrobáticos
Insinuações ou apenas
apelo sexual
Não sei
As palavras fazem
(seu papel)
Criam os sulcos
No encéfalo só para
Caber no cálice de ossos
Atlás e Axis sabem
O quão pesado são as palavras.
A caneta morde o papel
Desrepeita o pobre amontoado de celulose
As curvas em alta velocidade
Tatuam esferas esferográficas
Esses dias teve acidente
O caso em si
A caneta colidiu no papel
Sem meias palavras
Sangrando-o
Não teve nenhuma vítima fatal
Além do poeta
Boquiaberto
Com a metáfora
que dentro fugiu
Mil folhas
Perdido entre prateleiras de um
Sebo qualquer.