sexta-feira, 25 de dezembro de 2009


Os olhos derrama sentimentos, isto é fato. Dentre vários amores, entre as cores, percebi o mundo resumidos na íris.



Azuis entorpecentes

azul coloração primitiva intermediária entre o verde e o violeta,
Conceito bucólico para quem não teve o privilégio de enxergar os azuis...entorpecentes, envolventes
Azulejam todo mal do dia
Iluminam rumos e caminhos sem fim,
Olhar para eles é ver um mar tranquilo 
sentir imergido numa felicidade intangível e infindável
As estrelas que não podem ser tocadas, estão tão perto
nos entorpecentes olhos azuis...
Azuis-celestes,azuis-finos,azuis-pombinos...
todos abrangentes nesse olhar!
Os olhos são espelhos do belo
do formoso que Van Gogh não pôde demonstrar no seu impressionismo
nem Goeth emseus romances...
exprimem o perfeito da natureza e a grandeza de seu Criador
São nesses azuis que vejo o futuro esplêndido, calmo
Nesses azuis que a calmaria da noite vem
A tempestade do mar cessa e o sofrimento tem seu término
Nos teus azuis consigo sentir o surreal abstrato do mundo
Nos azuis revelam como é belo sonhar
mostram que é fácil fluar
e é só vê-los que a esperança volta a surgir no mundo
Bucólico conceito dado para aqueles que ainda não tiveram privilégio de enxergá-los
lindos azuis,rolantes azuis,entorpecentes azuis.
Luís Gustavo de Oliveira

terça-feira, 15 de dezembro de 2009

Lua inteira, lua ligeira

Brincando com poesia. Inspirado em músicas, poemas, e a bela lua, que, apaixona a cada noite.
Fotografia de Nicole Barth



Lua meio acesa
Nada risonha
Que aconteceu lua?


-É o mar
Exibindo ondas
Suspirando espumas a Ana


A areia nos seus grãos anuncia
Mar e Ana


E Lá no céu
Lua anda
Choramingando estrelas.


LUÍS GUSTAVO DE OLIVEIRA

sexta-feira, 11 de dezembro de 2009

Pátio das Artes - minha fonte


Há lugares transcendem.
É o Pátio.
Incrível como o lugar inspira. Tudo lá é magico, reduto das artes de Torres. As paredes profetizam, e as flores exalam poesia.
Projeto de Zilka Jacques, multi artista naturalizada torrense, percebeu a carência de cultura em Torres e trouxe de sua bagagem pinturas, poemas e concretizou em uma casa em que o singelo é muito mais importante que a estética moderna.
Não poderia deixar de convidá-los, faço do Pátio minha residência.



'A cultura é a identidade de um país. A manifestação de um povo, de um grupo social, de um lugar. Assim, investir na construção de um projeto cultural é acreditar na cultura que é uma das maiores riquezas, um legado com que presenteamos o lugar em que vivemos.

No PATIO DAS ARTES, as principais atividades envolvem artes plásticas, literatura, gastronomia, com eventos e oficinas. A poesia é evidenciada nos saraus e interferências musicais.'

MANHÃS DE ONTEM

O mundo precisa do novo
da nova noticia...
da ardência da novidade.
Alguns velhos choram
lendo o jornal
no fim de tarde...
só os velhos compreendem
uma folha de jornal velho.
Idade de lamúrias
de murmúrios
de maus tratos da memória.
Rugas na pele...
cada cicatriz é uma estrada
pela qual a vida passou.
Fragmentos porosos, poluidos
de lembranças epiteliais.
Os olhos ainda não fecharam
e portanto choveram lágrimas.
Ouvem-se suspiros...espirros...
as portas e janelas sofrem
estilhaços de vento.
As janelas choram ferrugens.
Ah, as ferrugens
quase minhas
quase manhas...
manhãs de ontem à noite.
Zilka Jacques




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sexta-feira, 4 de dezembro de 2009

entre a Noite e a Manhã, Aurora.


Alvorece.
Gosto do sabor marcante do café solúvel,
Traz com ele momentos esquecidos , abandonados
Nos cantos dos anseios à tona,
Mofeu não veio me buscar, iríamos passear nos
Grandes prelúdios fabulosos.
Amanhece.
Procuro-a no céu.
Tosse.
Tenho que expelir metabólitos passionais
Fragmentos do amor que irritam,
Inflamam minha garganta.
Preciso voltar a estudar e deixar de transgredir, filosofar.
Tropeço.
As luzes da cidade ofuscam meus sentimentos
O medo foi embora, ficou a petulância,
A soberba, vazio da noite, a futilidade do sexo,
O alento do som sincretizam-se.
Extrapola.
Vem a vontade de me apaixonar novamente
Por ela, cada segundo,
Meu tambor explode.
Bebo da poesia líquida,
Mergulho na poesia concreta
Meu amor sorri, desacata minhas ordens.
Malemolência
Sacio teus prazeres mais cretinos,
Sacias minha falta de neblina dos meus desejos?
Meu tambor sona rápido, desatinado
Desfilam meus medos, sonhos, anseios e receios.
Ela me beija num gole só.
Deixa-me ser emerso da luminosidade da tua treva
O fogo, a palavra me excitam.
O espírito está exaltado
Nos meus garranchos estampados
Ela chega tingindo o céu
Brota verbos.
Uma boa frase para começar a noite
‘palavras excitam a mente e exaltam o espírito. ’ Aristóteles.
LUÍS GUSTAVO DE OLIVEIRA