quinta-feira, 22 de agosto de 2013

O Amor

Amor
Conscientemente
Massificadamente
Empurrada
para que você tenha uma razão para viver
'Que seria de você sem o amor?'
Não sei
Cada um sabe de seus itinerários.

sábado, 10 de agosto de 2013

o céu na escuridão
vejo o sol

o mar que vem
o amor que tem?
a solidão.

Canção meu Estácio

não me deixo influenciar
no mínimo de par em par
colho centenas de opiniões
e muambas e concessões

no mínimo sem querer
seja em Torres ou em você
Rainha do meu estácio
predicado ou prefácio

abraços então
faço da nossa canção
anulo entre você e eu
o paço que conheceu.


nesse consultório
faz um sambatório
olhos que escutam
feito mar que lambem
seus medos
e desapegos
respirações ao pé do ouvido
e o paiol de pólvora
vinícius prestes a explodir
fazer samba assim não é brinquedo
fizemos o delírio
damos o direito
dividimos segredos
cadê o medo?
O medo do contemporâneo
e da solidão
no subcutâneo
a rima fica rica
ou fica em vão
a patota pode trovar
lua de cartão postal
algumas quadras bem ou mal
iremos atravessar
o belo e o imortal
o leito sobrenatural
que assombra a criatividade
e os sorrisos marotos
da praia cinza
e os morros irmãos.
O farol desmente o dia
e a noite grita silêncio
os dentes veem o céu brilhar.

consultório

eu esqueci o amor
mas eu não sei porquê
acostumei com a dor
e o samba sem querê
se você é a cura
da minha pendura
ah, vem sem frescura
Não deixe se abalar
amanhã a gente divide
o resto e o seguinte
nós deixamos rolar
o calor da boca
sua lingua oca
me faz sonhar
o tango nos versos
seus sambas incertos
e eu nos seus desertos
botei prá quebrá
Vem fazê amor
sambar com valor
pagode da flor
que já vai brotar
3 da madrugada
você é balada
vamos achar o nada
essa é a parada
do clichê de amar.

acelero e adultério dá em meérda.
escrvo sonetos sinceros e retos
concretos como o sol que lambe a chuva
caduco e demente como o sorriso seu
sei
latente, junto ao peito
que o fole abre e canta um samba
explode

chuva rala expõe
compõe poema
suma melodia
plena
dentre primavera
os dentes rangem gotas d'águas
de amor e arranha-céus
de bocas loucas
frenéticas pistas
distintas poses - poesis
a gramana seca
transborda desejo
e os lábios secos
os lábios do suor.

domingo, 4 de agosto de 2013

angúria

Grito com a angústia
convido-a pra dançar
Vamos angústia pedalar no calçadão
A literatura e a bossa nova
não pregam mais belas histórias de amor
Nem o rock'n roll rompem devaneios
A realidade engendra a fantasia e isso gera ilusão?
Não não Luís,
a fantasia, a luz, o movimentos
as noites que amanhecem
a razão com emoção
a rala e reles humanidade
buscando a perspectiva e fundamento
para viver
Abre-se o clarão da razão
E a reinvenção no amor...
Amor, ligeiramente ridículo
Ligeiramente racional
Como viver sem sofrer?
Como amar sem se dar?
Queria um poema de fórmulas
E sentado na patente
Notebook no colo
desfaço este desarranjo
procurando consolo.
Ah poesia, onde te encondes?
Na métrica?
Na angústia?
na sociedade do espetáculo?
Atrás da minha porta
está o guarda chuva
vou pra rua.

quinta-feira, 1 de agosto de 2013

de tanto trafegar
nas veias a poesia
o poema sai ao roçar de letras
ao rolar lágrimas
nos sonhos acordados
 madrugada
Não há sono
só sonho com tanto
samba na cabeça.
Rompe a manhã
A passarada já faz canção
Sem precisar de muito e nem violão
O mar chama e ressoa o sol

Rabiscos

Poucas vezes disse isso para alguém, principalmente eu, com enfoque artísticos, ou fantasioso como quixotesco, os sentimentos são poucos manipuláveis lambiscos. Não sabemos como lidar com eles. Eu me sinto uma recém nascido quando vivo cada amor.

Teu jeito, teu caráter e toda correnteza nos leva a um ser ainda indescoberto, enigmático. Sei perfeitamente que funcionamos feito espelho. Por isso digo que somos muito semelhantes, espelhos. Iguais. Busco em ti, eus, que embora descoberto, ainda quero saboreá-los mais.

Tenho medo de te levar 'sério', mesmo te levando. O sério que mencionas é o encarar com toda mediocridade humana, facebooks, compromissos familiares e morais.

Faz tempo que eu te encaro como lira do meu cotidiano, tantos desencontros que fizemos encontros, impossível não levar a sério e não possuir a prosa, perpetuar em poemas, poesias, músicas, teatro... Ah se percebesse que em cada fotografia foi sedução, conquista e puro amor, desenhamos cada uma, pouco a pouco, sol a sol.

O espelho pede seriedade quando temos que ser extramente soltos, extrovertidos, para curtir cada momento.
Meu espelho se quebra quando intitulo-me teatral, poético...soa boçal, sou boal. Não tenho músculos definidos, não sou nem um pouco fashion e nem da moda, com carros, funks e perfumes flagrantes. Aliás, meu cabelo não é nada atual.

Por fim, assumo o fim. Terminou nosso amor em contrapartida ao nosso egoismo. Não soube te curtir, tu não soube me apreciar de fato. Fomos misteriosos... Desagradei, descoloquei, desacelerei., os poetas...

'Assim como os cegos podem ver na escuridão, e mesmo que o romance sejam falso como nós, são bonitos, são bonitos...'

 Te amo!