sábado, 10 de agosto de 2013

nesse consultório
faz um sambatório
olhos que escutam
feito mar que lambem
seus medos
e desapegos
respirações ao pé do ouvido
e o paiol de pólvora
vinícius prestes a explodir
fazer samba assim não é brinquedo
fizemos o delírio
damos o direito
dividimos segredos
cadê o medo?
O medo do contemporâneo
e da solidão
no subcutâneo
a rima fica rica
ou fica em vão
a patota pode trovar
lua de cartão postal
algumas quadras bem ou mal
iremos atravessar
o belo e o imortal
o leito sobrenatural
que assombra a criatividade
e os sorrisos marotos
da praia cinza
e os morros irmãos.
O farol desmente o dia
e a noite grita silêncio
os dentes veem o céu brilhar.

Nenhum comentário: