quarta-feira, 23 de outubro de 2013

Beiramar

Seus olhos de sol
queimaram
saltou desejo nosso encontro
Ela não parecia a loura do reclame de cerveja
A morena do novo carro francês
Nem a negra do carnaval
Me espreitou,
juntos meus cacos
sem apelos mal criados
Agradeci, retribuindo por me marcar em brasa
Sorrisos afagados
Deixou-me a vontade
E nas mãos fiz nosso colo
Vingou-se por tê-la, mordeu fruta lábio
Amei como inimiga
Seu ventre era eu
Minha fala percorrem as cordilheiras
Seus montes meu mote
Volúpias veladas na sua poesia língua aveludada
Nossos passos se perderam
E minha fraqueza, agora virtude
 Nossa franqueza
Misturados no suor

 Eu juro meu amor
ser desatento aos monstros do mar
O resto - se existir o medo de amar
Faço marolas, escrevo poemas na beiramar.

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