domingo, 7 de agosto de 2011

Divida externa


Parem com o consumo!
não se esgotem!
não comam!
não bebam!
não amem!
não consumam!
não fumem!
não escutem!
minha gente, não transem
Não olhem a televisão
Não vivam,
Não enxerguem em vocês monstros
Com dentes grandes e afiados,
Loucos por vísceras e coca-cola.
Não passe a língua nos dedos sujos
Nem espere a migalhas do amor alheio
Embebeda-se com o sumo forte
Sangue fino de suas veias.
Juros inflacionará os corações solitários,
Fará nosso dinheiro suado valer menos
Não teremos mais para limpar nossas bundas
Encher nossos nariz de sonhos
Saciar nossa falta de si mesmos
Prometam ao bispo,
A puta da esquina, que não terão nosso dízimo
Diga ao governo que o produto interno bruto será fumado
E nossos pulmões serão apenas árvores velhas e sem raízes.
Não consumam.

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